George Washington

George Washington é um dos “Founding Fathers” mais associados à plantação de cânhamo. 

Registros históricos de seus diários e cartas mostram que ele estava ativamente envolvido na agricultura de cânhamo, como em um dos registros de seu diário, datado de 1765, em que Washington escreve sobre a semeadura de cânhamo em Mount Vernon, sua fazenda.

Em outro registro encontrado, desta vez uma carta datada de 1794, ele mencionou a colheita de cânhamo e até deu instruções sobre a melhoria da produção.

Washington considerava o cânhamo uma cultura muito útil para suas propriedades, principalmente para a fabricação de cordas e tecidos, que eram necessários tanto para o uso local quanto para o comércio, e embora o cânhamo não fosse sua principal cultura – ele cultivava principalmente tabaco e trigo – ele via seu valor prático, inclusive para rotação de cultura.

George Washington documentou claramente seu envolvimento com o cânhamo em seus diários e cartas, conforme segue:

  • Diários de Washington (1765): Em várias entradas de seu diário, Washington menciona a plantação de cânhamo em sua propriedade de Mount Vernon. Em uma dessas entradas, ele escreve sobre a semeadura de cânhamo e a melhoria do processo de cultivo. Washington era um defensor das inovações agrícolas e experimentava diferentes tipos de culturas, inclusive o cânhamo.
  • Citação direta: “Semeie cânhamo em abril. Colha em agosto.” (diário de 1765).
  • Cartas de Washington (1794): Em uma carta de 1794 para seu capataz, Washington deu instruções específicas sobre a colheita e o tratamento do cânhamo. Isso mostra que ele via a planta como uma parte importante da economia de sua propriedade.
  • Citação direta: Em uma carta de 1796, Washington mencionou o cânhamo novamente: “Não deixe que a colheita de cânhamo sofra por causa de minha ausência” (Mont Vernon, 1796).

Provas Históricas:

  • Diários e correspondências de George Washington e Thomas Jefferson mencionam explicitamente o cultivo de cânhamo.

Aqui estão algumas fontes históricas que corroboram essas afirmações:

Em suas entradas de diário, Washington se refere ao cânhamo como uma colheita importante, e em 12 de agosto de 1765, ele menciona explicitamente o plantio de cânhamo: “Began to separate the male from the female hemp, rather too late” (Comecei a separar o cânhamo macho e fêmea, um pouco tarde demais).

Essa separação provavelmente estava relacionada ao cultivo do cânhamo para a produção de fibras, que era comum na época para a criação de cordas, lonas e tecidos – essenciais para equipamentos navais e para o uso agrícola diário. 

Fonte: The Diaries of George Washington, Volume 1: 1748-65, LOC – Library of Congress

Thomas Jefferson também faz menção ao cultivo de cânhamo em suas cartas e documentos. 

Em uma correspondência de 1791 para Thomas Mann Randolph, ele descreve o cânhamo como uma planta útil e incentiva seu cultivo.

Fonte: The Papers of Thomas Jefferson, Princeton University Press.

  • Registros de propriedades agrícolas, como em Mount Vernon (George Washington) e Monticello (Thomas Jefferson), confirmam que o cânhamo fazia parte da produção agrícola.
  • Como proprietário de uma indústria de papel, Benjamin Franklin utilizou papel de cânhamo, uma commodity valiosa na indústria de publicações da época.

    O cânhamo oferecia uma fibra forte e durável, ideal para a produção de papel, o que era essencial para publicações e documentos que necessitavam de longevidade, e era uma matéria-prima popular na produção de papel antes do desenvolvimento de processos modernos de fabricação de papel a partir de madeira. Durante a era colonial, o papel de cânhamo era amplamente utilizado em publicações, incluindo os jornais e panfletos de Franklin. Sua durabilidade tornou-o a escolha preferida para documentos importantes, como cédulas de dinheiro, livros e jornais.
  1.  O Declínio do Cânhamo nos Estados Unidos

Com o tempo, o cultivo de cânhamo nos EUA diminuiu, especialmente com a ascensão do algodão como cultura dominante e o desenvolvimento de materiais sintéticos no século XX, advindos do desenvolvimento da indústria petrolífera. 

Além disso, a associação do cânhamo com a cannabis e o aumento das regulamentações antidrogas no início do século XX levaram à proibição do cultivo de cânhamo industrial, que só recentemente começou a ser revivido em algumas partes dos EUA após as mudanças nas leis.

Após o período colonial e nos primeiros anos dos Estados Unidos, o cultivo de cânhamo declinou gradualmente. Isso ocorreu devido a vários fatores, como o aumento da popularidade do algodão e, no século XX, as regulamentações que associaram o cânhamo à cannabis e resultaram em sua proibição.

  • Proibição do cânhamo no século XX: A Lei de Impostos sobre a Maconha de 1937 criminalizou o cânhamo juntamente com outras formas de cannabis, mesmo que o cânhamo industrial tenha baixo teor de THC. 

Essa confusão regulatória persistiu até o século XXI, quando a produção de cânhamo começou a ser descriminalizada em alguns estados.

Complementos Úteis

  • Contribuições agrícolas dos Founding Fathers: Além do cânhamo, os Founding Fathers estavam profundamente interessados em outras inovações agrícolas. Washington, por exemplo, introduziu técnicas de rotação de culturas para melhorar a produtividade de suas terras. Jefferson também foi um grande promotor de diversificação de culturas, acreditando que a agricultura diversificada seria essencial para a sustentabilidade da nova república.

Conclusão

Os Founding Fathers dos Estados Unidos viam o cânhamo como uma planta agrícola útil, com grande valor para a economia colonial e a jovem república americana. Washington e Jefferson, em particular, foram defensores do cultivo de cânhamo por seu valor prático, e Franklin ajudou a promovê-lo através de sua fábrica de papel. Embora o cânhamo tenha perdido importância nos séculos seguintes, sua conexão histórica com as figuras fundadoras do país reflete o papel central que desempenhou na economia agrícola do período.

O cânhamo foi amplamente cultivado pelos Founding Fathers, mas sempre com uma função industrial e agrícola em mente. 

Embora não haja provas históricas de que eles estivessem interessados nas propriedades psicoativas da planta (até porque o cânhamo cultivado tinha baixo THC), eles estavam claramente conscientes de seu valor econômico e estratégico.

A relação dos Founding Fathers dos Estados Unidos com o cultivo de cânhamo (hemp) é bem documentada, especialmente nos diários e correspondências de figuras como George Washington e Thomas Jefferson. 

O cânhamo desempenhou um papel significativo na vida agrícola de vários Founding Fathers dos Estados Unidos, particularmente George Washington e Thomas Jefferson. Provas históricas, como diários, cartas e registros de suas plantações, mostram que ambos consideravam o cânhamo uma cultura útil e viável. Além disso, Benjamin Franklin ajudou a promover o uso do cânhamo na indústria de papel. Embora o cultivo de cânhamo tenha diminuído e sido criminalizado no século XX, sua importância econômica na fundação da nação americana é indiscutível.

Para mais informações e provas históricas, as seguintes fontes são recomendadas:

  1. Diários e cartas de George Washington
    Disponíveis nos Arquivos Nacionais dos EUA.
  2. Cartas de Thomas Jefferson
    A Monticello.org mantém registros digitalizados de correspondências e diários de Jefferson.
  3. Biblioteca do Congresso
    Registros de leis coloniais e arquivos sobre o cultivo de cânhamo.
  4. Farm Bill de 2018
    Revisões legislativas recentes sobre o cultivo de cânhamo nos EUA.

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