Por que é importante falar de cânhamo ?

O mercado já movimenta algo entre 5 e 7 bilhões de dólares por ano, e esse valor deve chegar na casa de 20 bilhões na próxima década.

Origem e uso

  • Latim: “Sativus” ou “Sativa” é derivado do verbo serere, que significa “semear”. Assim, “sativa” literalmente refere-se a algo que foi semeado ou plantado.
  • Botânica: Em nomes científicos, como Cannabis sativa, Avena sativa (aveia), Allium sativum (alho), Oryza sativa (arroz) e Lactuca sativa (alface) o termo indica que essas plantas têm uma história de cultivo humano devido à sua utilidade.

A utilização do termo “sativa” no contexto da cannabis reforça a ideia de que essa planta foi cultivada por milênios, tanto para fins industriais (fibras e sementes) quanto medicinais e recreativos.

No entanto, sua relevância diminuiu com a ascensão do algodão e das fibras sintéticas no início do século XX.

Hoje, impulsionado pela crescente demanda por materiais sustentáveis e pela redescoberta de suas propriedades nutricionais e medicinais, o cânhamo está vivendo um renascimento.

Essa planta versátil se consolidou como uma commodity emergente, movimentando entre 5 e 7 bilhões de dólares anualmente, com projeções que apontam para um mercado de 20 bilhões na próxima década.

Diante desse cenário promissor, o Brasil, com seu vasto potencial agrícola, não pode ficar à margem. Ignorar essa oportunidade significa perder uma importante fonte de geração de renda, inovação e empregos.

O Renascimento do Cânhamo: Uma Oportunidade para o Brasil

Por milênios, o cânhamo foi essencial para a humanidade, servindo como matéria-prima na fabricação de cordas, tecidos e alimentos.

A palavra sativa tem origem no latim, onde significa “cultivada” ou “útil”. É um termo botânico usado historicamente para designar plantas que eram cultivadas pelos humanos para diversos fins, como alimentação, fibras ou medicamentos.


O Momento Decisivo

A discussão sobre a regulamentação do cânhamo nunca foi tão urgente. Em novembro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que a Anvisa estabeleça regras para o cultivo da planta com fins medicinais, fixando um prazo máximo de seis meses. Essa decisão abre uma janela estratégica para que o Brasil desenvolva uma regulamentação moderna e eficiente, capaz de impulsionar o setor de maneira estruturada.

A tese jurídica utilizada pelo Superior Tribunal de Justiça no âmbito do IAC 16 aduz:

“Nos termos dos arts. 1º, parágrafo único, e 2º, caput, da Lei n. 11.343/2006 (Lei de Drogas), não pode ser considerado proscrito o cânhamo industrial (Hemp), variedade da Cannabis com teor de Tetrahidrocanabinol (THC) inferior a 0,3%, porquanto inapto à produção de drogas, assim entendidas substâncias psicotrópicas capazes de causar dependência;

Assim, apesar da ausência de um arcabouço regulatório para os fins industriais, em 2025 o mercado tem tudo para se expandir no Brasil – pois é bem provável que outras ações judiciais irão chegar até o STJ questionando a viabilidade da produção com outros fins exclusivamente industriais.


O cânhamo industrial também se beneficia das inovações no processamento e uso de seus derivados, o que vem acontecendo conforme tecnologias de transformação de fibras e biomassa expandem o leque de produtos que podem ser gerados, tornando-se uma alternativa ecológica e de baixo impacto ambiental frente aos materiais tradicionais, como plásticos e metais.

As soluções desenvolvidas por startups e empresas de agrotech estão acelerando a adoção do cânhamo em indústrias como a moda, construção civil, embalagens e até automóveis.

Por fim, o desenvolvimento de uma cadeia produtiva integrada e tecnologicamente avançada para o cânhamo pode não apenas aumentar a rentabilidade do agronegócio, mas também fortalecer o Brasil como líder no mercado global de cânhamo industrial. A colaboração entre a inovação tecnológica e as práticas agrícolas sustentáveis está criando um ambiente fértil para a criação de novos negócios e a geração de empregos no setor. Em um mundo cada vez mais atento à sustentabilidade, o cânhamo industrial, impulsionado pelas agrotechs, representa uma verdadeira revolução verde no agronegócio.

Além disso, por conta da proibição durante décadas, o mercado global de cânhamo ainda está em seus estágios iniciais de expansão. Isso significa que há uma oportunidade única para o país se posicionar como um líder nesse setor, garantindo competitividade e atraindo investimentos.

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